quinta-feira, 26 de junho de 2014

ANOTE EM SUA AGENDA!
JORNADAS PREPARATÓRIAS PARA O  XXIII CBABEAD 2014

15/08/2014

POLÍTICAS SOBRE DROGAS E A REALIDADE BRASILEIRA
Coordenação: ABEAD e Uni Paulistana
Rua Madre Cabrini, 58 - Vila Mariana - São Paulo, SP

8:00 ás 9:00
Anfiteatro da Uni Paulistana
Inscrições 
Abertura

9:00 às 12:00
Advocacy: o futuro da prevenção? 
Advocacy: conceitos – Adriana Carvalho
Estratégias de Comunicação e Mobilização – Daniela Guedes
A Lei Antifumo: case brasileiro - Monica Andreis
Prevenção de Álcool e Tabaco para o município:  a experiência de Tarumã (SP) Ana Cecilia Marques

12:00 às 13:30
Almoço

13:30 às 14:30
Conferência: A Prevenção de Drogas: o que podemos aplicar no Brasil para avançar com a Prevenção?
Sérgio de Paula Ramos

14:30 às 17:30
Painel: Princípios aplicados, resultados obtidos?
Coordenação: Ana Cecilia Marques

Tendências epidemiológicas do uso de drogas entre os adolescentes brasileiros 2006/2012
Clarice Madruga 

Adolescência e os comportamentos de risco hoje
Ilana Pinsky

Quem são e o que nos dizem as famílias brasileiras?
Helena Sakyama 

Prevenção de Drogas começa em casa e continua na Escola
Evelina Holender 

E a Universidade?
João Paulo Lotufo 

E as empresas?
Selene Barreto 

Intervenção Breve no Brasil: avanços
Erikson Furtado

A Prevenção segundo a Política Brasileira de Drogas
 Vitore Maximiliano 

17:30 às 18:30
Debate com os especialistas: Estamos no caminho certo?
Coordenação: Ana Cecilia Petta Roselli Marques

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Maconha: legalizar jamais!



A polêmica sobre o uso da maconha tem sido alvo de muita atenção pela mídia, bem como na área científica em geral. Profissionais da saúde estão unidos contra a possível legalização, lutando em benefício da saúde.

Destaco a batalha da Dra. Ana Cecília Roselli Marques, psiquiatra da ABEAD (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas), em entrevista ao Jornal Folha de S. Paulo em 01/02/2014 a Dra. Ana Cecília explicou que:

“Estudos mostram que, além da dependência, o uso crônico produz bronquite crônica, insuficiência respiratória, aumento do risco de doenças cardiovasculares, câncer no sistema respiratório, diminuição da memória, ansiedade e depressão, episódios psicóticos e de pânico e, também, um comprometimento do rendimento acadêmico e/ou profissional. Por que optar por um caminho que oferece tantos riscos?”

A maioria dos usuários de maconha encontra-se no estágio da pré-contemplação, ou seja, o usuário não encara seu uso como problemático ou causador de problemas, tampouco considera algum tipo de mudança. Em geral, não busca tratamento voluntariamente, e sim por causa dos pais, família, escola, trabalho ou por encaminhamento judiciário

O indivíduo nesse estágio acredita estar imune ás consequências adversas, por exemplo, acha que não se tornará dependente ou que tem controle sobre o uso, sabemos que não existe esse controle no tocante ao uso de drogas.

Uma série de estudos indica que a potência desta droga vem aumentando e, com isso, causando maiores prejuízos à saúde mental daqueles que a consomem.

A maconha é a substância proibida por lei mais usada em nosso país. Cerca de 1,5 milhão de adolescentes e adultos usam maconha diariamente no Brasil. O dado faz parte do II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD), primeira amostragem sobre o consumo da droga no Brasil.

Segundo o estudo, 3,4 milhões de pessoas entre 18 e 59 anos usaram a droga no último ano e 08 milhões já experimentaram maconha alguma vez na vida, o equivalente a 7% da população brasileira. Desses, 62% deles tiveram contato com a droga antes dos 18 anos e 01 em cada 10 adolescentes que usa maconha é dependente.



Estes dados parecem sugerir que a disponibilidade da maconha esteja crescendo, inclusive entre os jovens, que vem utilizando esta substância de forma compulsiva, apesar dos efeitos nocivos à saúde.

A adolescência é um período marcado por inúmeras transformações e conquistas importantes. No entanto, fatores como o uso de drogas podem transformar o adolescente em um adulto problemático com sequelas irreversíveis para o desenvolvimento de sua vida futura.

O consumo de drogas nesta fase pode trazer sérias consequências físicas e/ou psíquicas para o desenvolvimento, como déficits cognitivos, problemas físicos, psicológicos, envolvimento em acidentes e infrações.

O uso da substância psicoativa faz com que o indivíduo sinta uma diminuição do perigo relacionado ao problema a ser enfrentado.

O uso da maconha muitas vezes começa a ser associado a várias situações pelas quais o indivíduo passa, se ele está nervoso fuma; se está tenso fuma para relaxar, se sente depressivo fuma, se tem um problema fuma antes de pensar em tentar resolvê-lo e assim por diante, tornando assim cada vez mais dependente.

Os que são favoráveis à legalização, pensam apenas na figura do usuário, mas, devemos pensar nos motivos sociais que levam à essa proibição legal, como, por exemplo, impedir que os efeitos do uso nocivo à saúde que causam a dependência cheguem com mais facilidade aos nossos adolescentes.

No entanto, é importante considerar que além do risco da dependência, da síndrome amotivacional, dos efeitos agudos e crônicos causados pelo uso da maconha, com a sua legalização provavelmente teremos muitos problemas parecidos com os causados pelas drogas lícitas (aquelas permitidas pela Lei), o álcool e o tabaco, cito como exemplo, o aumento dos acidentes de trânsito causado por pessoas sob efeito da substância.

Vale destacar ainda que o uso de drogas não prejudica só o dependente, é um problema que atinge toda família, a dependência química tem um poder destruidor sobre a vida dos familiares.

Para finalizar, sabemos que a maconha é a porta de entrada para outras drogas, entre elas o crack. A maconha é uma erva, mas, uma erva perigosa, que deve continuar sendo proibida. Ao invés de criar uma possível solução, legalizar seria gerar um novo e gravíssimo problema, legalizar jamais!

Adriana Moraes – Psicóloga Especialista em Dependência Química - Colaboradora da UNIAD.
Referências:

[1] Integração de competências no desempenho da atividade judiciária com usuários e dependentes de drogas/ organização de Paulina do Carmo A. Vieira Duarte e Arthur Guerra de Andrade. Brasília: Ministério da Justiça, Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, 2011;

[2] Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e outras Drogas. IILENAD: Levantamento Nacional de Álcool e Drogas. São Paulo: UNIFESP, 2012;


A mídia e a indústria do álcool na Copa do mundo no Brasil


Especialistas põem em xeque uso de armas não letais no combate ao crack em São José por dentro



Grupo acha que medida vai afastar usuário de tratamento adequado; prefeitura rebate e diz que é preciso conter avanço do uso de drogas

Previstas para chegaram a São José entre o final deste mês e o começo do próximo, as armas não letais do "Crack, é possível vencer", do governo federal, geram polêmica.
A cidade, que deu início à força-tarefa para combater o uso de álcool e drogas nas ruas, receberá 50 pistolas de eletrochoque, 150 ampolas de gás de pimenta e um micro-ônibus com 20 câmeras.
Quatro motocicletas já estão no município à espera de emplacamento.
A força-tarefa vai até os pontos onde há consumo de crack, álcool e outras drogas. À Polícia Militar, cabe o primeiro contato, com revistas e pesquisa de antecedentes criminais.
Em seguida, entram os assistentes sociais. Acompanham a Guarda Municipal, que passou por capacitação da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), e a Polícia Civil. 

Opiniões. 
 
"A ideia de uma polícia que chega antes é equivocada. Afugenta as pessoas como ratos. São armas de controle que não servem para dependentes. Em São Paulo, pessoas migraram para outros pontos e continuaram nas ruas", critica a psiquiatra especialista em crack, Ana Cecília Tetta Marques.
A assistente social Cláudia César Castagini concorda. "Só vai amedrontar. É uma violência. Quem já está vulnerável, vai se sentir um bandido".
O especialista em segurança pública, José Vicente da Silva Filho, é contrário às armas.
"Terão baixíssimo impacto. A maioria fica prostrada e não agressiva. A polícia é para os traficantes."
Já o pastor Eduar do Humberto Banhara, que atuou em clínica de recuperação, é favorável. "A internação só pode ser eficaz se o doente quiser. Mas há lugares em que os agentes sociais não chegam. Pode contribuir para o choque emocional. Há pessoas há 15 dias nas ruas que não sabem onde estão", disse.

Outro lado. 
 
O secretário de Defesa do Cidadão, José Luís Nunes, rebate . "É preciso separar aqueles que precisam de tratamento social dos que cometem crimes. Tem gente que se mistura aos que têm problemas, para vender drogas, para cometer furtos", diz. As ofensivas terão continuidade.


pistolas de choque

A cidade receberá, nos próximos dias, 50 pistolas de eletrochoque pelo programa "Crack, é possível vencer", do Governo Federal. Elas neutralizam as reações musculares imobilizando, em média, por oito segundos. As armas são capazes de atingir um alvo a até dez metros de distância e têm memória digital para gravação dos últimos 1.000 disparos
(com dia , hora, minuto e segundo)
gás de pimenta

Também integrarão o projeto 150 ampolas de gás de pimenta, com jatos direcionados, não inflamáveis, que não contaminam o ambiente
microônibus

Também chegará um microônibus com 20 câmeras em sua parte externa. As imagens serão repassadas ao COI (Centro de Operações Integradas) em tempo real e armazenadas por cerca de 15 dias. Nove monitores de alta definição estão inclusos.