terça-feira, 29 de maio de 2012

Marcha: tratamento e reinserção social é destaque em um dos painéis do Seminário sobre crack


Para a especialista da Unidade de Pesquisa Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ana Cecilia, cada Município deve instituir uma rede de tratamento de acordo com suas necessidades.  Durante o segundo painel do Seminário Nacional: Os Municípios com Protagonistas no Enfrentamento ao Crack, a especialista destacou a importância do tratamento e reinserção social.

Para ela como não é possível ter um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) em todos os Municípios brasileiros os prefeitos devem apostar em uma boa Atenção Básica para ajudar na questão do tratamento. “A dependência é uma doença totalmente tratável e políticas integrais na luta contra o problema devem ser prioridades em qualquer governo”, afirma a especialista.

Durante a apresentação que aconteceu no primeiro dia da XV Marcha, Ana Cecilia ainda destacou a importância de diferenciar o tratamento dos dependentes químicos adolescentes e adultos. “O tratamento do adolescente é diferente e mais que isso, se ele não for tratado a tempo, vai se tornar um caso grave”, alerta.

Parelhas

O painel ainda contou com o depoimento do prefeito do Município de Parelhas (RN), Francisco Medeiros. Ele trouxe boas práticas na área de reinserção social destacando o trabalho do CAPS municipal. “Nosso CAPS atende mais de 148 usuários por mês, a maioria com problemas com crack. Nossa equipe multidisciplinar tenta atender os 21 mil habitantes, pois na região do Seridó com 54 Municípios, só existe um CAPS 3 no Município de Caicó  que não consegue atender a demanda”, conta o prefeito.

O gestor municipal destaca ainda que os projetos de reinserção social trabalham com a capacitação dos usuários, com oficinas de trabalhos manuais, teatro e cursos técnicos. “O perfil do usuário é de 25 a 30 anos em situação de vulnerabilidade socioeconômica, por isso precisam de apoio para se capacitar e se reinserir”, observa o gestor.

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