Para
a especialista da Unidade de Pesquisa Álcool e Drogas da Universidade Federal
de São Paulo (Unifesp), Ana Cecilia, cada Município deve instituir uma rede de
tratamento de acordo com suas necessidades. Durante o segundo painel do Seminário Nacional: Os Municípios com Protagonistas no Enfrentamento ao Crack, a especialista destacou a importância do tratamento e reinserção social.
Para
ela como não é possível ter um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) em todos
os Municípios brasileiros os prefeitos devem apostar em uma boa Atenção Básica
para ajudar na questão do tratamento. “A dependência é uma doença totalmente
tratável e políticas integrais na luta contra o problema devem ser prioridades
em qualquer governo”, afirma a especialista.
Durante
a apresentação que aconteceu no primeiro dia da XV Marcha, Ana Cecilia
ainda destacou a importância de diferenciar o tratamento dos dependentes
químicos adolescentes e adultos. “O tratamento do adolescente é diferente e
mais que isso, se ele não for tratado a tempo, vai se tornar um caso grave”,
alerta.
Parelhas
O
painel ainda contou com o depoimento do prefeito do Município de Parelhas (RN),
Francisco Medeiros. Ele trouxe boas práticas na área de reinserção social
destacando o trabalho do CAPS municipal. “Nosso CAPS atende mais de 148
usuários por mês, a maioria com problemas com crack. Nossa equipe
multidisciplinar tenta atender os 21 mil habitantes, pois na região do Seridó
com 54 Municípios, só existe um CAPS 3 no Município de Caicó que não
consegue atender a demanda”, conta o prefeito.
O
gestor municipal destaca ainda que os projetos de reinserção social trabalham
com a capacitação dos usuários, com oficinas de trabalhos manuais, teatro e
cursos técnicos. “O perfil do usuário é de 25 a 30 anos em situação de vulnerabilidade socioeconômica, por isso precisam de apoio para se capacitar e
se reinserir”, observa o gestor.
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