quarta-feira, 21 de maio de 2014
Consumo de álcool no Brasil supera a média mundial, revela OMS
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Prefeitura de SP vai 'demitir' usuário de crack que não trabalhar
A Prefeitura de São Paulo
vai excluir de seu programa para a região da cracolândia os usuários de droga
que não estão trabalhando. A Folha apurou que mais da metade dos
beneficiários não cumpre a jornada diária de tarefas como varrição e
jardinagem.
Lançado em janeiro deste ano
pelo prefeito Fernando Haddad (PT), o programa, chamado Braços Abertos, dá R$
15 por dia de trabalho a 429 usuários da região.
Eles também recebem
hospedagem em quartos de hotel, alimentação e tratamento médico e psicológico.
Na semana passada, a gestão
municipal instalou na região um "cercadinho" de barras de ferro. De
acordo com Haddad, a medida era um pedido dos próprios usuários. Eles negaram e
retiraram o aparato do local.
O desligamento de usuários
está previsto para começar nas próximas semanas e abrirá vagas para a inclusão
de novos beneficiários. Na primeira leva, segundo a reportagem apurou, deverá
ir embora um grupo de 30.
Os casos dos demais que não
estão trabalhando serão analisados. Eles devem integrar as próximas levas de
descredenciamento.
Não serão afetadas pessoas
com baixa frequência no trabalho, mas em tratamento médico ou acompanhadas por
assistente social. Quem for desligado terá que deixar o quarto onde se hospeda.
O usuário será informado com
antecedência e, se quiser, será encaminhado para outro projeto assistencial.
Quem não tiver para onde ir poderá ficar em albergues.
O beneficiário que receber o
alerta da exclusão poderá ter uma segunda chance, desde que se comprometa a
voltar ao trabalho.
O dado da prefeitura é que
111 pessoas das 429 cadastradas não têm trabalhado. No entanto, a reportagem
apurou com colaboradores do programa e dependentes que o problema atinge mais
da metade dos beneficiários.
Para a psiquiatra Ana
Cecília Marques, presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e
outras Drogas, é um erro esperar que todos os usuários trabalhem. "Alguns
não dão conta, porque vão ter recaídas, vão passar mal e não conseguem."
Para ela, os dependentes em
estágio mais grave deveriam passar por tratamento de saúde antes de trabalhar.
O Braços Abertos substituiu
parceria entre o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o ex-prefeito Gilberto
Kassab (PSD) na cracolândia.
Em 2012, operação policial
de combate ao tráfico impediu usuários de se concentrar na região. Eles
acabaram voltando à área posteriormente.
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segunda-feira, 19 de maio de 2014
Seminário álcool & Violência: a influência da indústria do álcool
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sexta-feira, 16 de maio de 2014
Prefeitura cerca e isola área ocupada por usuários de drogas em SP
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A estratégia da indústria da cerveja em relação à Copa do Mundo de Futebol 2014 no Brasil
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Cigarro eletrônico na berlinda
Estudo conclui que o dispositivo não ajuda os fumantes a largarem o vício e
órgãos reguladores de saúde pretendem endurecer as regras sobre ele
Moda no Brasil e no Exterior, o cigarro
eletrônico tem atraído adeptos com a promessa de ajudar fumantes a largarem o
vício. No dispositivo, que lembra o modelo tradicional, uma bateria esquenta um
líquido que pode ou não conter nicotina, produzindo o vapor que será tragado
pelo usuário. A fama de aliado, porém, pode estar com os dias contados. Um
estudo divulgado recentemente na publicação médica “Jama Pediatrics” concluiu
que o uso do aparelho pode atrapalhar na recuperação dos dependentes da
nicotina. Segundo a pesquisa, que acompanhou 949 pessoas durante um ano, 10,2%
dos fumantes de e-cigs, como também são conhecidos, conseguiram deixar o vício.
Entre os que não usam o dispositivo, o índice foi maior: 13,8%. Na quinta-feira
24, a agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos (FDA) deu outro
golpe nessa indústria ao propor ampliar aos cigarros eletrônicos as regras
existentes para outros produtos de tabaco – como proibição da venda para
menores de idade e obrigatoriedade de aviso sobre danos à saúde. A Organização
Mundial da Saúde (OMS) planeja tomar medida parecida. Isso significa que os
signatários de uma convenção para o controle do fumo deverão aumentar impostos
e restringir propagandas dos e-cigs. A maioria das nações, incluindo o Brasil,
assinou o documento.
ESTRATÉGIA:
Juliana Ali adotou os e-cig há seis meses, pois acha que eles são menos nocivos que os tradicionais
No País a
comercialização é proibida. Isso faz com que muitos entusiastas, como a
blogueira Juliana Ali, 32 anos, busquem a engenhoca no Exterior. Seus
preferidos custam US$ 20. Há seis meses, Juliana adotou o dispositivo para
largar o cigarro tradicional. “É óbvio que o eletrônico também faz mal, mas
muito menos que o normal”, diz. Especialista em dependência de drogas
pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ana Cecília Marques afirma
que o fato de o produto se parecer muito com o cigarro comum pode fazer com que
dependentes não consigam largar rotinas associadas ao vício. “O tratamento
adequado é psicológico, biológico e social”, diz. De acordo com Jaqueline Issa,
diretora do Programa de Tratamento de Tabagismo do Instituto do Coração
(Incor), com a onda de regulamentações ficará mais fácil promover um uso mais
seguro em casos especiais. “Se o cigarro eletrônico possui menos substâncias
químicas que o tradicional, fumá-lo poderia ser uma vantagem para um paciente
fazendo quimioterapia que se recusa a parar de fumar, por exemplo.”
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