O governo do estado decidiu que também vai pagar um salário
para para dependentes químicos da cracolândia, no centro de São Paulo. Há cerca
de um mês, a prefeitura de São Paulo lançou um programa assistencial, chamado
Braços Abertos, com jornada diária de 4 horas e salário de R$ 330. No programa
estadual, Recomeço, são 6 horas de trabalho a R$ 395 mensais. Das 40 vagas do
governo paulista, 13 já foram preenchidas. Mas no programa estadual, os participantes
devem, obrigatoriamente, receber tratamento médico.
Os primeiros participantes estão tirando cópias e organizando arquivos na Secretaria de Justiça. No Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod) eles vão ajudar no acolhimento de quem procura tratamento. Eles trabalham de segunda-feira a quinta-feira. Na sexta, vão fazer cursos de qualificação profissional. O curso, no entanto, ainda não foi definido.
Os primeiros participantes estão tirando cópias e organizando arquivos na Secretaria de Justiça. No Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod) eles vão ajudar no acolhimento de quem procura tratamento. Eles trabalham de segunda-feira a quinta-feira. Na sexta, vão fazer cursos de qualificação profissional. O curso, no entanto, ainda não foi definido.
Eles ficarão no projeto durante nove meses. Segundo o secretário estadual
do emprego, Tadeu Morais, “todo bolsista precisa receber uma ’alta’ médica, mas
não pode interromper o tratamento. O trabalho faz parte do processo de
recuperação”.
A iniciativa de conciliar a reabilitação das drogas com a jornada de
trabalho é elogiada pela presidente da Associação Brasileira de Estudos do
Álcool e Outras Drogas (Abead), a psiquiatra Ana Cecilia Petta Roselli Marques.
Na avaliação dela, o exercício profissional, sem a oferta de tratamento, não
ajuda na reabilitação do dependente químico. Segundo ela, apenas com o quadro
de saúde estabilizado, o dependente químico terá condições de se dedicar a uma
atividade profissional.
— O trabalho sem o tratamento não funciona. Eu atuo na área há 30 anos e
observo que a dependência química tira a capacidade do individuo de trabalhar,
de ter controle sobre sua própria vida. Ele, primeiro, precisa se tratar e,
estabilizado, tem de trabalhar. O tratamento com trabalho faz diferença — afirmou.
De 21 de janeiro de 2013 até 21 de janeiro deste ano, 3230 dependentes
procuraram tratamento no Cratod. Desses, pelo menos 2,8 mil foram
espontaneamente. Os outros foram levados pela família ou por medida
compulsória.
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